Publicado em 17/06/2022

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O caminho da mulher desperta depende, primeiramente, da conexão que ela tem com o seu corpo, com sua sexualidade e principalmente, com sua feminilidade.
"O corpo é um ser multilíngue. Ele fala através da cor e da temperatura, do rubor do reconhecimento, do brilho do amor, das cinzas da dor, do calor da excitação, da frieza da falta de convicção. Ele fala através do seu bailado ínfimo e constante, às vezes oscilante, às vezes agitado, às vezes trêmulo. Ele fala com o salto do coração, a queda do ânimo, o vazio no centro e com a esperança que cresce". Clarissa Pinkola Estés, Mulheres que correm com os lobos.
Nas histórias imaginárias, o corpo é admirável: ele tem dois pares de orelha - um par para ouvir o mundo e outro para ouvir a alma. Dois pares de olhos - um par para o mundo e outro para o invisível. Duas forças - uma física e outra da alma. Com certeza, é um corpo de mulher.
Padrão de beleza ideal: o seu.
Você já pensou na hipótese de parar de seguir modismo e aceitar o espelho? Rejeitar seu corpo pode lhe trazer consequências emocionais manifestadas através de doenças que somente serão curadas quando você ressignificar a forma como se vê, quando você descobrir, aceitar e amar seu corpo e sua beleza. Principalmente a beleza interior.
A profundidade dos seus sentimentos.
Yoni significa vagina, na antiga língua sânscrita, usada nos ensinamentos antepassados, porém sempre presentes. Yoni também é conhecida como fonte de vida, templo sagrado, portal da vida, passagem sagrada. Por ela, uma vida é fecundada e gerada. Então, definitivamente, você pode entender o poder de ser uma mulher.
Você conhece seu portal sagrado?
Mulheres renegam seu portal, achando-o feio e tratando-o com descuido e muitas vezes com raiva. Mulheres acreditam que sua yoni sirva apenas para o sangramento feminino, além do sexo e do parto. Mulheres têm vergonha de mostrar o seu sagrado, achando-o profano.
Esse pensamento se deve à cultura do patriarcado, reprimindo a mulher, tornando seu templo feio, fétido e pecador; associando à promiscuidade, desrespeito e desvalorização.
A graça de uma bailarina.
Quando uma mulher desperta para a verdadeira feminilidade, ela baila com a vida. Ela goza da liberdade de seu corpo e de sua alma, soltando-se do cativeiro social a que foi submetida.
Para ressignificar seu corpo e a conexão que você tem com ele, é preciso que você se conheça - portanto toque-se, com amor e carinho. Descubra o potencial energético que há na sua yoni. A massagem tântrica beneficia a conexão: permita-se viver essa experiência encantadora, divisora de águas na vida de muitas mulheres. Você não imagina o potencial orgástico que tem. Também o estudo do Sagrado Feminino pode te orientar na descoberta da sua feminilidade.
Ser feminina não é viver como uma boneca Barbie. Desenvolva seu intelecto, seu campo profissional. Cuide de sua saúde.
Conselhos.
Em primeiro lugar, respeite-se. Você não é obrigada a ter relações sexuais quando não quiser. Afaste-se de quem te trata com violência ou desrespeito - liberte-se da necessidade da dor, conheça-se através de processos terapêuticos. Permita-se sentir prazer - ensine seu parceiro a fazer o que lhe agrada, sem medo; pois ele, com certeza, cobrará que você o satisfaça. Não permita que ninguém toque seu sexo sem sua permissão, isso é abuso. Inclua em sua vida meditações relacionadas ao portal feminino. Inclua também banhos íntimos de ervas e infusões de flores brancas pelo seu corpo, ativando sua feminilidade.
Amor é construção: construa o amor pela sua yoni. O empoderamento de uma mulher começa pelo autorrespeito. Seu corpo é seu templo sagrado e seu portal é vida. A partir dessa conexão você atrairá parceiros ou parceiras que a respeite e a faça feliz.
Sua vida sexual não está satisfatória? Comece curando você e seu corpo. Primeiro você se dá amor, para depois você receber amor.
Espelhos.
Conheça e estude as deusas, nas suas variadas concepções. Elas podem ser gregas, indianas.
Ela é Maria, ela é Madalena. Ela é uma mulher, essencialmente.
As deusas serão o próximo assunto.
Redação:
Silvia Delforno, terapeuta corporal com abordagem tântrica.
Whatsapp 11 97118-2440