Você é daquelas pessoas que deixa tudo para a última hora? Entrega suas tarefas em cima do prazo ou em atraso? Cria desculpas para justificar sua falta de organização? Acredita que sua vida é um conjunto de derrotas ou coisas inacabadas? Se sim, bem-vindo ao mundo dos procrastinadores!
Procrastinar é deixar para depois o que se pode fazer agora. E o “amanhã eu vejo” pode tornar-se um hábito e afetar diferentes campos da vida: profissional, pessoal, os relacionamentos, a autoestima, a saúde e por aí vai. Procrastinação gera ansiedade, sensação irreal de estar fazendo o correto, gera culpa, vergonha e irresponsabilidade. Cria uma bola de neve de coisas para concluir.
Sabe aqueles potinhos no seu armário que você vai deixando lá ao invés de devolver ao dono que gentilmente lhe deu comida? Sabe aquele trabalho do seu curso que você protelou até os últimos dias e colou grande parte de trabalhos prontos da internet? Sabe aquela formação que você pagou e não fez, deixando expirar os anos de conclusão? Então, o tempo passa e não volta e suas oportunidades também não. Seu crescimento pessoal não acontece e você não evolui. E, num momento de consciência, você culpa a tudo e a todos, menos a si próprio/a.
A procrastinação é mais propícia em pessoas que vivem num mundo fantasioso, com dificuldade em aceitar a própria realidade. Também em pessoas com baixa tolerância à frustração, baixa autoestima e uma visão distorcida de si mesma e de sua vida. Pessoas que estabelecem objetivos inatingíveis, sobrecarregando-se além do que dá conta. Tem frases prontas como “sou/estou muito ocupado/a”, “mereço esse descanso”, “estou muito cansado/a”, “é muito difícil pra mim”, “me sinto doente”, “amanhã eu resolvo”. Muitas vezes inventa (sua imaginação é fértil!) desculpas e histórias dramáticas para se desvencilhar de seus afazeres. Enfim, esse comportamento está diretamente ligado à falta de amor-próprio. E o caminho é o autoconhecimento.
Primeiramente é preciso reconhecer o comportamento procrastinador e querer mudar.
Em segundo, reconhecer os gatilhos mentais que levam às desculpas e trabalhar em cima deles. Exemplo: não levo a sério as tarefas do meu trabalho porque não me sinto reconhecido/a. Não me esforço para estudar porque não me sinto capaz de exercer tal profissão, ou ainda me acho superior a essa formação. Não mantenho minhas coisas em dia porque sinto preguiça, me sinto desmotivado/a e não tenho disciplina. Acredito que a vida é injusta comigo e minha energia é baixa. Para todos os exemplos, quanto mais se autoconhece mais as situações tornam-se irreais.
Em terceiro, começar a mudar, reconhecer suas competências e suas dificuldades, o que atrai e o que distrai e ter força de vontade para trabalhar a situação. Tomar consciência dos pensamentos vagos, fantasiosos e temporários e, disciplinar a mente para pensar no aqui e agora, viver com os pés no chão e agradecer pelas oportunidades que a vida oferece. Conhecer os desejos e vontades e criar foco para atingi-los, por meio de objetivos mensuráveis para não desistir no meio.
Investir no bem-estar, saúde e autoestima, dormir bem, comer bem, meditar, fazer terapia.
A vida sorri para quem se empenha em vivê-la com dignidade e responsabilidade.
Redação:
Silvia Delforno, terapeuta corporal com abordagem tântrica.
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