Publicado em 03/09/2019

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A essência da felicidade é não ter medo. Com o filósofo alemão Friedrich Nietzsche iniciamos nosso debate sobre o tema que permeia nossa existência – essa tal de felicidade.
Acredito que a felicidade está relacionada com a realidade de cada um. Um rim é o sonho de um indivíduo na máquina de diálise. Uma casa é um sonho para quem vive no aluguel. Um celular de ponta é o sonho de uma animada adolescente. E um prato de comida é o sonho de quem está com fome e sem condições de comprar alimento. A felicidade para alguns vem em forma de bens de consumo – essa “tal” aí é muito visada atualmente; nossa relação com dinheiro é tão arcaica que consideramos a prosperidade como felicidade e não como um mérito divino, visto que o mundo é tão abastado que tudo é de direito de todos – é preciso acreditar ser merecedor. A felicidade para muitos vem na figura de um amor, uma companhia para o pôr do sol e o nascer da lua; apenas precisamos estar alerta se sozinhos também conseguimos ver a beleza da vida, caso contrário estamos procurando um apego, alguém em quem possamos despejar nossas neuras e nossas expectativas.
Felicidade pode ser o sangue do hemofílico. O calor do colo materno para um bebê. Pode ser a barraca lotada de gente para um feirante e, o titulo de campeão para um torcedor fanático. Felicidade, de verdade, são os pequenos momentos onde nosso cérebro produz mais oxitocina, onde nossos olhos denunciam nossas emoções e nosso sorriso é contagiante. A vida é uma constante felicidade que não reconhecemos – ela em si já basta. Mas é preciso muito exercício para entender essa dinâmica, nossa psique adora uma dor, um sofrimento e umas neuras.
Abaixo segue algumas dicas para viver melhor e, de quebra, ser mais feliz. Pode ser clichê, e desejo que seja eterno. Sou uma terapeuta que acredito muito na felicidade. - Contato com a natureza – deixa um pouco o shopping, por amor a si mesmo. Não é no consumismo que encontramos paz, a paz está em jogar pedrinhas num lago, ler debaixo de uma árvore e fazer amor na cachoeira.
- Tenha momentos de introspecção – ficar sozinho, olhando pro nada é muito bom. Deixe-se levar pelos seus pensamentos e, quando quiser, feche os olhos, sente-se numa posição confortável e comece a meditar. A meditação, para mim, é o remédio que o mundo precisa.
- Dá um tempo no seu passado – esquecer é demência e, a menos que estejamos com mal de Alzheimer, esquecer é impossível. Porém é extremamente importante perdoar e desapegar do que já foi para seguir em frente. A técnica havaiana do oohoponopono pode ajudar bastante (eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, obrigado) – repita quantas vezes for necessário. Venho repetindo por uma vida toda.
- Culpa não serve pra nada – não há como voltar atrás, o tempo não parou porque nos sentimos culpados e paralisados na dor. Procure ajuda, nunca é tarde para viver melhor.
- Dê muito valor ao que você tem – seja uma pessoa, um animal, uma casa, um emprego, algo que você goste muito. A gratidão nos enche de amorosidade.
- Tenha esperança – acredite em você mesmo. A felicidade é construída pela nossa forma de ver a vida, com leveza.
- E por último, viva como uma criança num parquinho – sem medo. Escorregou, levanta. Errou, reconhece e faz melhor. Agrediu, pede perdão. Sorria. Viva. A felicidade existe.
Silvia Delforno, terapeuta corporal com abordagem tântrica. Whatsapp 11 97118-2440
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