Publicado em 12/04/2023
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Vamos conversar sobre o jejum
Prática amplamente divulgada nas redes sociais, o jejum é permitido para as pessoas que estão com boa saúde.
Primeiramente, é preciso recordar que jejum é diferente de passar fome. Passar fome é não ter alimento para consumo e não ter previsão de quando irá se alimentar. Jejum é uma antiga prática de abstinência, sacrifício e desintoxicação, com hora de início e término.
O jejum data de cinco mil anos, praticado pela humanidade como sacrifício e oferenda religiosa, provendo purificação física e mental. O islamismo, no mês sagrado, o Ramadã, prega jejum do da aurora ao pôr-do-sol, sendo permitido fora do período; até a água é jejuada, além das relações sexuais. Na igreja católica, o jejum é visto como sacrifício e devoção, especialmente no período da quaresma. Buda pregava o jejum. Hipócrates, pai da medicina, receitava o jejum como forma de cura.
Jejum como forma de elevar a espiritualidade. Durante o jejum, os que jejuam pensamentos, sentimentos e ações que não sejam nobres. Resinificando os valores. Buscando a purificação do corpo, mente e alma. Acalmando a mente, relaxando o corpo, expandindo a consciência.
Na euforia das redes sociais, muitos famosos postam seu tempo de jejum e fomenta na cabeça de muitos que a técnica auxilia no emagrecimento e na abertura da mente, como uma expansão. É preciso cuidado, pois o que é bom ao outro, pode não ser bom pra você. Desconfie de jejum por sete dias decorrentes, que resolve doenças crônicas. Redes sociais são interações, não recomendações.
Jejum intermitente. Recomenda-se, antes de qualquer atitude, consulta um médico e nutricionista para saber se você está apto ao jejum por longas horas, uma vez que ele é recomendado para pessoas que estão saudáveis.
O jejum intermitente consiste em ficar um longo período sem se alimentar, apenas tomando água e bebidas não calóricas, como café e chá, ambos sem açúcar. O tempo varia entre oito, doze, dezesseis e vinte e quatro horas sem ingerir alimentos.
Os benefícios do jejum seriam o fortalecimento do sistema imunológico, a melhora da disposição física e mental, prevenção do envelhecimento precoce, além da queima de gordura. Promete também reduzir as doenças cardíacas e o diabetes. E, principalmente, desintoxicar o organismo.
Após o jejum, e aconselhável o consumo de alimentos com baixo índice glicêmico, como frango, abobrinha, batata doce, quinoa, brócolis, tomate, dentre outros. As frutas permitidas após o período seriam maçã, morango, framboesa. Ou seja, uma refeição leve. É indicado evitar alimentos gordurosos e industrializados.
O ideal é se programar para iniciar o jejum de modo que não seja um dia de festa em família ou comemoração, para que não atrapalhe a vida familiar. Por mais que seja um sacrifício, não precisa deixar lacunas emocionais.
Jejum além da comida. Jejum não remete apenas ao sacrifício do corpo. Pode-se jejuar deixando o celular do lado por algumas horas. Deixando de checar redes sociais por algum tempo também. Deixando de gastar em coisas supérfluas por alguns dias.
Jejum é purificação. Requer disciplina, foco e força.
Redação:
Silvia Delforno, psicanalista.
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