Publicado em 13/04/2020
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Usamos tanto essa palavra, muitas vezes em vão, sem perceber o verdadeiro significado dessa energia que nos move. Um dia ouvi de um nobre professor que o único sentimento que existe é o amor, o restante veio como consequência dele, tanto positiva como negativa. Eu ouvi, entendi, semeei a teoria; porém anos se passaram, e eu ainda rumino o verdadeiro significado dessa afirmativa. Posso passar dias dissertando sobre todas as formas de terapia que conheço, mas todas, sem exceção, não tem sucesso se a base não for o amor, como tudo na vida. Quando me pego com um sentimento latente dentro de mim, me questiono onde o amor se enquadra, seja um sentimento bom quanto não tão bom. Virtudes não são latentes, são vivas, mas moderadas porque estão grudadas na nossa essência. Assim como nossos talentos. O traficante Marcola tem talento, e muito. Apenas o usa para ações ilícitas. Viajando um pouco mais, ele tem amor ao que faz. Talvez o amor dele esteja interligado com o ódio, bem possível devido a sua concepção e infância. Loucura isso, mas no ódio há amor, um amor que adoeceu.
Quando um massagista inicia uma sessão, o amor está em suas mãos, por isso todo relaxamento e bem estar. Quando um terapeuta aplica Reiki, ele se conecta com uma luz superior de amorosidade e, através das suas mãos, canaliza o amor ao paciente. Uma terapeuta tântrica, que trabalha com toques leves e conscientiza seu cliente da sua sensibilidade e do seu prazer, também está emanando amor à sua massagem, a sua sutileza. Um massagista que usa técnicas chinesas como o shiatsu, aplica na força de seus dedos o amor para cessar dores musculares e promover o bem estar do seu cliente. Assim como nossos clientes vêm a nós, massagistas e terapeutas, abertos a receber essa energia boa e receber o nosso toque, que nada mais é do que o amor, em suas vertentes. Na inveja há amor, o amor que queremos roubar de alguém. Na raiva há amor, está doente. Na vingança estão explícitas nossas dores existenciais, numa forma de desejar ao outro o quanto sofremos pelo “pseudo amor”. Até no assassino tem a criança doente, deturpada psicologicamente, lutando para tirar dentro de si um amor que apodreceu. Mas deixando toda a psicanálise de lado, o amor é a fonte de toda terapia que existe, acredite. Abaixo criei uma série de “amor terapêutico”, pra que a gente viva muito melhor:
- Doação de roupas – todos nós temos uma peça que não serve mais, que saiu da moda, que a amiga tem igual, etc. juntando traça no guarda-roupa. Doe! Quantos querem, não apenas os necessitados. Coloca essa roupa pra jogo, deixa de ser egoísta. O mundo mudou, a moda agora é garimpar brechós.
- Doação de comida – alimentar o próximo é o maior ato de amor que pode existir. Um pacote de bolacha, um prato de comida, um doce para uma criança menos favorecida, um pastel na feira para o senhorzinho da esquina: não nos deixará pobres e fará um bem enorme ao nosso coração. Acredite.
- Um dedinho de prosa com alguém mais velho – infelizmente, no Brasil, não temos a cultura de valorizar nosso passado como em outros países, entre eles o Japão. Um egoísmo enorme da nossa parte, pois tudo que estamos vivendo e colhendo, é fruto do passado. Alguém lutou, alguém construiu, alguém se sacrificou para que agora a gente viva melhor. Reconheça! Eles gostam de contar causos pra gente ouvir. Gostam de atenção e atenção é amor. Doe seu tempo – no mercado, na feira, na portaria do seu prédio. Doe seu tempo para seus pais, tios e avós. Doe amor.
- Fazer um bolo para alguém especial – em época em que tudo se compra pronto, fazer um bolo, em si, já é algo sensacional. Presentear alguém então, é muita amorosidade. Pense quantos na sua vida merecem esse carinho. Coloque em prática. Se você não tem habilidade na cozinha, está liberada a compra de um já pronto. E usei bolo porque eu acho bolo muito amor, mas pode ser qualquer alimento, ou uma flor.
- Praticar o voluntariado – que não seja apenas para que seu chefe te olhe com bons olhos nos projetos da sua empresa. Que seja de vontade própria. O que não falta são lugares em que você pode ser útil. Comece checando na sua cidade as casas assistenciais e suas necessidades, tanto físicas quanto materiais. Sua alma ficará mais leve, tenha certeza.
- Brinque com uma criança – a criança em si já é a prova viva do amor, e, acredite, você aprenderá muito com ela. Ela é inocente e ainda não foi contaminada pelo mundo.
- Salve e adote um animal de rua – é o amor mais honesto que conheço. Estará com você em qualquer situação, até quando você estiver insuportável.
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Liberte-se da ideia de que amor tem a ver com relacionamento, sexo, parentesco – nada disso! Amor é condição humana de sobrevivência. Deixe-o florir em você, sintonize a energia do amor. Redação: Silvia Delforno, terapeuta corporal com abordagem tântrica. Whatsapp 11 97118-2440
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