Publicado em 09/01/2023
Compartilhar
O calor e as roupas menores incitam o erotismo e a sexualidade nas pessoas. Bem normal isso...
Logo mais se inicia o famoso reality global. A Netflix está bombando com a série brasileira "Olhar Indiscreto" (já assistiu?). Nas praias, os corpos bonitos, malhados e bronzeados ganham destaques em seus minúsculos trajes. E você, como se comporta diante de tudo isso?
Sentada e observando, de óculos escuro é claro, percebo a jovem mostrando suas marquinhas ao parceiro. Noto também o maduro percorrer com os olhos os movimentos das novinhas na areia. E passar bloqueador solar é um capítulo a parte: mãos percorrem além dos limites exposto ao sol. Corpos molhados exalam sexualidade. É verão, minha gente.
E o que é voyeurismo? É uma parafilia (preferência e/ou obsessão sexual) muito comum. É o ato de observar o corpo e até mesmo cenas de sexo pelo prazer de olhar, sem querer participar. Existe muito mais pessoas voyeurs do que se imagina. Inclusive, muitas que gostam de serem observadas, agindo e vestindo roupas para chamar atenção. É um jogo de prazer entre adultos bem resolvidos. E cada vez mais encarado com menos preconceito.
Casais sonham em ser observados. Homens se imaginam assistindo uma transa. Mulheres se tocam publicamente para serem observadas - as famosas exibicionistas. Festas sexual-fetichistas lotam. Esse é o fantástico mundo do fetiche.
Mas, afinal, isso é normal? Sim, cada vez mais - a internet facilitou esse e outros muitos fetiches. O observador se excita em olhar corpos, despidos ou não, e atos íntimos e até mesmo sexual. Deseja bisbilhotar janelas abertas, quem dirá atualmente que, em grandes centros, torres e mais torres de apartamentos se unem a céu aberto, transformando a noite numa orgia velada.
Vai me dizer que você nunca olhou sua amiga tomar banho pelo buraco da fechadura? Ou ainda deu uma espiadinha no casal se amassando na pracinha?
Deixa de ser normal quando o observador vive para o prazer, como outros fetiches que, quando vira obsessão, se torna um transtorno. A força sexual, presente em cada pessoa, é absolutamente normal. Saudável desde que ninguém saia prejudicado, exposto sem permissão, e muito menos machucado.
De origem francesa, essa palavra com ar de finesse, destina-se ao desejo de observar a intimidade alheia, com intuito de satisfazer seus instintos. Porém é preciso estar seguro que o fetiche não prejudicará ninguém. Dependendo como estiver praticando o voyeurismo o indivíduo pode até ser preso.
O voyeur na arte. Beleza Americana. Janela Indiscreta. A vida dos outros. Dentro da Casa. De Olhos bem Fechados. Observadores. Através da Minha Janela. Todos exemplos de filmes que mostram o fetiche.
Séries. Obrigatoriamente, "Olhar Indiscreto" (Netflix), com Débora Nascimento e Emanuelle Araújo. A antiga e tão boa "Sex Life", também na Netflix. "Sexo, Sangue e Realeza", série britânica na Netflix.
Há também o comentado documentário "Voyeur" na Netflix sobre o dono de motel que bisbilhotava as cenas pelas câmeras.
Nem todo curioso é voyeur. Curiosidade faz parte da natureza humana. Já o observador sexual procura sentir prazer observando o outro. Muitos relatos mostram casais que querem se exibir, ou que desejam ver o parceiro com outra pessoa, apenas para observar o ato. Buracos de fechadura se modernizaram e a internet é uma porta escancarada para a prática.
O verdadeiro voyeur está onde ninguém imagina, apenas observando e delirando. Aguardando as noites quentes de verão.
Redação:
Silvia Delforno, psicanalista.
"Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".
Sessões on-line e presencial.
Informações: whatsapp - 11 971182440.
Guia de Massagem ®
