A relação com a comida precisa ser saudável e benéfica para cumprir o papel de nutrir o corpo.
Assunto pontual na mídia, a alimentação é um dos pilares mais importantes da existência humana. O corpo se nutre do que é dado a ele, por isso a importância do tema.
A vida moderna, aliada a correria dos inúmeros afazeres, está cada dia mais afastando as pessoas da cozinha - apenas na cidade de São Paulo, pesquisas apontam que cada domicílio usa o serviço de entrega de comida ao menos três vezes na semana. Não à toa, 25% da renda de muitas pessoas está comprometido com comida pronta. Os adultos são os principais consumidores, seguidos pelos adolescentes e, por último, os idosos. Muitos cuidadores optam por dar aos filhos pequenos comida pronta industrializada. Lembrando que carne, batata e cenoura cozidas viram uma sopa - porém a praticidade e a otimização do tempo vêm tomando conta da vida de muitos, que não estão preocupados com o teor nutritivo e vitamínico dos alimentos. Mas a balança e as doenças avisarão sobre.
Status: num relacionamento abusivo com a comida. Você sabe o que é um alimento nutritivo e o que não é, mas chama seu lado emocional na hora de ver o cardápio - prova disso são as inúmeras opções de junk food - as famosas "besteiras". A pressão do trabalho, as decepções cotidianas e as doenças da mente causam grande desconforto que ameniza após um potão de leite condensado ou muitos chocolates. O açúcar dá uma sensação que alivia e acalma a ansiedade, pena que é um efeito momentâneo. É preciso aprender a respirar, encontrar a raiz do problema e buscar equilíbrio. Todas as pessoas têm suas questões, mas descontar na comida não é uma boa solução.
Passe vontade, mas não passe fome. Como fazer para comer um pé de alface ao invés de uma folha? No início não será fácil, mas o cérebro e o paladar se adaptarão às mudanças. Comer muita salada no início das refeições principais é uma grande estratégia para não repetir o macarrão três vezes. Comer vinagrete e frango no churrasco evitará que pães de alho sejam devorados - um pequeno pedaço de pão num colorido prato de salada pode, com certeza. São as mudanças inteligentes que fazem toda a diferença na alimentação: coma muito dos alimentos com baixa caloria e alto valor de nutrientes. O ideal é acabar a refeição satisfeito de bons alimentos, para não dar brecha aos docinhos ou beliscos após as refeições. A ideia não é apenas perder peso, e sim ter mais energia e disposição. Além de um corpo bonito.
Você é o que você come. Se eu comer um porco vou virar uma leitoa? Não, mas o índice de colesterol vai na lua, com certeza. Ter uma alimentação saudável e equilibrada é o caminho certo para ter mais disposição para trabalhar, estudar, fazer atividade física, dormir melhor, enfim, viver com energia. Pense num adolescente que come muitos alimentos industrializados, passa horas e horas em frente ao computador - que qualidade de vida ele terá daqui cinco anos? O número de pessoas obesas cresce sem parar e a conscientização é a solução prática e certeira para o controle do peso.
Leia com atenção. Você come para viver e não vive para comer. Distraia-se com outra coisa antes de entrar no aplicativo de entrega de comida. Tenha em casa frutas, iogurtes, alimentos de baixa caloria. Se você é viciado em algum tipo de alimento, vá reduzindo o consumo até se tornar casual. Deixe para comer alimentos gordurosos nos finais de semana, como um prêmio por ter feitos boas refeições a semana toda. O mundo não deixará de produzir delícias gordas porque você resolver mudar - a reeducação alimentar é uma decisão sua. Coma pequenas porções de três em três horas, seu corpo precisa sentir que você não está passando fome. Procure por auxílio psicológico para trabalhar sua relação com a comida - pode ser uma relação de ódio, acredite. Tenha uma nutricionista para chamar de sua. Pesquise, sempre.
Passar vontade não mata ninguém. Hipertensão mata.
O homem morre pela boca.
Redação:
Silvia Delforno, psicanalista.
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