Publicado em 10/11/2021
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O outono da vida - mergulhando na profundidade do melancólico
Bem-vindo ao mundo do drama, onde tudo é intenso e nada é esquecido. Onde a fantasia é quase real e não há limites para a criatividade. Pessimismo à parte, o melancólico é aquela pessoa que sempre vai te ajudar, mesmo reclamando no caminho.
Magos, sábios, artistas, psicólogos, religiosos, intelectuais, médicos, músicos, bailarinos, poetas e pensadores – grande parte de todos esses são de temperamento melancólico. Caracterizado pelo elemento da natureza terra e representado pela estação do outono, os melancólicos são secos e frios – as impressões sobre sua vida são duradouras e as decisões demoram a vir.
Com expressão facial séria, ombros caídos e sentimentos guardados, os melancólicos precisam de banho de sol, músicas alegres e vida espiritual: a autoanálise é eterna e não compensadora. O melancólico tende a sentir muita culpa, muita inferioridade e muito menosprezo. Tudo muito porque a intensidade é grande.
A pessoa melancólica tende a ser muito boa ou muito má, o equilíbrio é complicado. Pode ter insônia, de tanto que rumina seu reino de fantasia, geralmente trágico. É vingativo – por ser implosivo, guarda toda ira dentro de si, egoísta, perfeccionista e crítico demais. Espera muito dos outros e não aceita defeitos - seus parceiros, muitas vezes, rompem o relacionamento por não conseguirem alcançar as expectativas do melancólico. Expectativas irreais, diga-se de passagem. – melancólico não aceita nível médio, frustrando a si e ao outro.
Infelizmente, melancólicos tendem à depressão, à falta de esperança, ao pessimismo exacerbado. Quando se sente frustrado, acha que o problema do mundo é ele. A salvação para essa situação é criar esperança – visto que seu defeito dominante é fechar-se em si mesmo.
Como características positivas, o melancólico é habilidoso, minucioso, leal, dedicado, sensível, inteligente, caprichoso, confiável. Sua principal qualidade é a profundidade. A arte comprova.
O pintor Michelangelo é grande exemplo do temperamento melancólico – foram quatro minuciosos anos para a pintura da Capela Sistina. O mundo deve muito aos melancólicos, por toda sua expressão artística. Dostoièvski já dizia que a beleza salva o mundo.
O melancólico atrai pra si problemas porque se mete onde não é chamado, gasta tempo com o que não deve, espera muito das pessoas a quem ajuda e tem aversão a pontos de vista diferentes do seu. É voluntarioso em excesso, e não dá conta de tudo que se mete a fazer.
Por gostar de sofrer, escolhe vocações difíceis, que envolva grande sacrifício pessoal. Para se arrepender mais tarde.
Geralmente, o melancólico tem conflito com o próprio corpo, então deve forçar-se a olhar no espelho e se auto avaliar : como vive no oito ou oitenta, tende a ser magro demais ou gordinho. Precisa de praia, gente bonita, esportes e sexo selvagem. Ânimo, melancólico!
Menos egoísmo e mais partilha. Menos teoria e mais prática. Menos solidão e mais momentos alegres. Menos culpa e menos culpa, simples assim. Menos pessimismo e uma dose cavalar de otimismo. Menos casa e mais rua. Menos tevê e mais praças públicas. Menos vingança e mais deixa pra lá. Menos crítica e mais elogio. Menos ego e mais felicidade.
Redação: Silvia Delforno, terapeuta corporal com abordagem tântrica. Whatsapp 11 97118-2440
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