Publicado em 01/06/2023
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Deixa ir o que deve ir, se liberta do passado. Viva uma vida mais leve e mais alegre.
O relacionamento já não nos nutre, mas o medo de soltá-lo é tão grande, que a gente insiste em segurá-lo, à força. O amor liberta, jamais aprisiona.
Ame e deixe o outro em paz
O relacionamento é satisfatório, porém o medo é grande e a gente vibra na escassez, pensando se a pessoa está nos traindo, se está conversando com outras pessoas e se não gosta mais da gente. Ao invés de viver o momento da relação, pensamos no futuro, tentando controlar a vida do outro.
Muitas vezes temos consciência de que há coisas sérias para serem vistas dentro da relação, mas insistimos em formalizar a relação como se dentro de um contrato nupcial houvesse a garantia do amor eterno.
Amor esse abstrato e mutável, que insistimos que um anel e um papel assinado assegurará eternidade.
O ápice da maturidade é entender que o amor é seu e não do outro. Não há segurança no amor.
Os medos do teatro que vivemos
Medo de ser traído, enganado, feito de bobo. Não aproveitamos os bons momentos do amor, a beleza da vida, porque estamos ansiosos demais com o medo do abandono, criando situações em que somos as vítimas.
Entremos em pânico na primeira discussão, prevendo o abandono. Isso se dá pela ferida infantil, pois a maioria de nós tem queixa da falta de amorosidade familiar - abrindo um adendo aqui para o caminho cármico de cada um, que irá aprender a lidar com as suas feridas na família a qual pertence.
Inconscientemente, atraímos parceiros e parceiras para projetarmos neles as nossas feridas e, consequentemente, as nossas sombras, e o contrário também acontece.
O ego procura estratégias para dominar o outro, através do controle, do ciúme, da posse e da manipulação. Uma forma doentia de se relacionar, numa busca incansável pela competição de egos, quem machuca mais.
Projetar no outro as suas dores não é demonstração de amor. É preciso curar-se.
As soluções para o desapego
A primeira, tão questionada em outros artigos, é deixar de perseguir o outro, querendo saber onde está, o que está fazendo, com quem está. Tentando descobrir senhas e contas fakes, como se realmente fosse possível comandar a individualidade do outro.
Isso é muito pequeno perto da grandeza do afeto. Mas então vou permitir que ele flerte com outras pessoas nas redes sociais? Talvez essa conexão não seja de amor, e sim de apego. Você está vivendo uma ilusão e desenvolvendo uma paranoia.
Enxergar a própria luz e viver a própria essência é o caminho do desapego. Aprender a pertencer a si mesmo e não querer que o outro nos pertença, isso é sabedoria.
É preciso aprender sobre o amor e não sobre o apego. E o passo número um e também o mais difícil, é amar a si mesmo.
Nós, seres humanos, estamos vivendo numa sociedade que nos cobra o tempo todo, e se a gente não cuidar do nosso interior, a gente se perde.
Cuidar do interior significa buscar conhecer-se através de egrégoras significativas, através de meditação, através de sessões de terapia, através da religiosidade, através do esporte.
Aprender a nutrir bons sentimentos é uma lição de casa: ser bondoso aprende-se praticando a bondade; ser gentil, praticando a gentileza.
Ser menos arrogante, praticando a humildade, ficando quieto e observando, apenas. Controlar o ego e não exceder seus limites - colocar-se no seu lugar e respeitar o outro.
Sobre a família, nossas raízes são a nossa base. Pena que muitos demoram para reconhecer essa grande verdade.
O caminho do desapego é olhar pra dentro de si. É assim que começa.
Redação:
Silvia Delforno, psicanalista.
"Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".
Sessões on-line e presencial.
Informações: whatsapp - 11 971182440.