Publicado em 06/03/2023

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Nesse mês de março, toda semana o Guia trará um assunto atual sobre a vida da mulher.
No mês de fevereiro, o jornal Estado de São Paulo exibiu entrevista com um empresário da noite paulistana, e algumas visões do entrevistado chamaram atenção pela colocação feita em relação ao papel da mulher na diversão noturna.
Ela tem entrada gratuita até meia-noite. Ela tem direito a open bar. Logo, ele encontrará muitas delas, algumas possivelmente embriagadas. Qual a conclusão? Ela servirá para animar a noite dele. Pense antes de entrar nessas furadas.
Nesses mesmos recintos, muitas vezes existem os famosos camarotes, onde homens levam mulheres e acabam se aproveitando de alguma forma, ou não. Um famoso jogador brasileiro segue acusado de ter feito algo forçado com uma mulher e foi denunciado. O camarote acabou ganhando a conotação de que é escondido e permitido, o famoso jeitinho.
Esse artigo não questionará o posicionamento sexual, e sim, as armadilhas que servem de iscas para atrair a mulher com segundas intenções. Também não será discutido o patriarcado, por hoje. O assunto é segurança.
Machismo não é o contrário de feminismo. Machismo pode virar assédio.
A frase acima está na bio da @womenfriendlybrasil, empresa que treina os colaboradores de bares, eventos e shows para combater e prevenir o assédio feminino. Passou da hora das mulheres se sentirem seguras em lugares públicos, sozinhas ou acompanhadas. Ano passado, em parceria com o uísque Johnnie Walker, certificou quarenta estabelecimentos livres de assédios em São Paulo, Rio e Recife. A empresa fornece treinamento para acolhimento à vítimas, revisão de práticas de segurança e embasamento jurídico para os casos de assédio.
Difícil a mulher que nunca passou por uma situação de medo e vergonha em algum estabelecimento comercial. Muitas não saem sozinhas por esses motivos.
Vamos falar sobre segurança?
Onde você mora? Perto do supermercado.
Você mora sozinha? Não, moro com minha família.
Você está sozinha aqui? Estou, mas se for preciso posso chamar o segurança ali.
Oi, eu estou sozinho, posso me sentar com você? Pode sim ou não, não pode não. Você decide.
Se perceber que está sendo perseguida, busque ajuda. Se estiver dentro de algum estabelecimento, procure pelo caixa e explique a situação. Se estiver na rua, entre num estabelecimento movimentado.
Cuidado com o uso de celular e fone de ouvido pela rua ou transporte público. Além de distrair sua atenção, você corre o risco de ser assaltada.
Posso te pagar uma bebida? Não, obrigada. Não aceite bebia do copo de outra pessoa, nem garrafa. Nem água. Se você não está em condições financeiras para sair, não saia. Bem simples de resolver.
Você resolveu que quer esticar a noite. Ok, seu corpo, suas regras. Mas certifique-se de avisar alguém sobre sua localização. E preste muita atenção a movimentação da pessoa que está com você. Qualquer atitude suspeita, vá embora.
Tenha um motorista para chamar de seu. Ainda existem boas pessoas nesse mundo, quando reconhecer alguma dela, mantenha próximo a você.
Se for entrar no seu carro, já separe as chaves antes de ir ao encontro do automóvel, para não perder tempo. O mesmo vale para chaves de casa.
Precaução e segurança são palavras importantes na vida de uma mulher.
Redação:
Silvia Delforno, psicanalista.
"Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".
Sessões on-line e presencial.
Informações: whatsapp - 11 971182440.