Publicado em 24/04/2023

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Anima e animus. O equilíbrio entre o feminino e o masculino
A busca pela harmonia energética gera relações mais saudáveis e satisfatórias.
"Anima" vem do latim e significa "alma". "Animus" vem do latim e significa "mente".
Jung, pai da analítica, defendeu que anima seria o lado feminino, inconsciente, no homem e animus seria o lado masculino, inconsciente, na mulher. Anima e animus são considerados os contrapontos da orientação do gênero do ego.
Um ego que tem orientação de gênero masculino, necessariamente terá uma anima, que é uma estrutura feminina que habita no seu inconsciente para equilibrar o seu poder masculino. Assim como um ego com orientação de gênero feminino terá no seu inconsciente um contraponto sexual masculino, o animus.
Anima e animus são considerados na psicologia analítica como psicopompos (guia das almas). Levará a pessoa de um mundo para outro, de um mundo material para um mundo espiritual. De um mundo pessoal para um mundo profissional.
O ego identificado com a masculinidade é um indivíduo territorialista, ligado a hierarquia. No taoísmo refere-se a energia yang. Uma energia lógica, linear, materialista. E a conexão com a anima trará sentido a vida, buscando a espiritualidade.
Já o ego identificado com a feminilidade é uma pessoa mais centrada, mais apta a administrar o emocional e o afetivo, ligado ao mundo das emoções.
Por consequência, essa pessoa precisa de um animus que dê a ela direcionamento para a vida material e profissional, penetrando no mundo patriarcal, ainda presente na sociedade, e, na atualidade, retroagindo a uma fase primitiva da relação homem-mulher.
A energia anima, no homem, é estruturada na figura materna, referência fundamental do feminino em sua vida, representada na presença da mãe ou avó. Esse arquétipo (exemplo) é a referência que o homem terá na busca por uma parceira.
Já na mulher, a sua referência de animus (energia masculina) é herdada da própria mãe, que auxilia na formação do conjunto do masculino que será idealizado pela filha. É a imagem do masculino que se forma a partir dos homens da vida da mãe, avó e outras mulheres da família.
Jung dizia que a mulher tem muitas representações do masculino dentro dela, permitindo que ela transite por essa energia. Exemplando, a voz de um, os olhos de outro, o jeito do seu pai, a coragem do seu avô. Já o homem permanece fiel a sua imagem de anima.
O menino, na entrada da adolescência, precisa se unir a outros meninos para criar identidade com sua masculinidade; ele precisa aprender a ser homem, pois sabe bem o que buscar como referência feminina. A mulher aprende a ser mulher a partir do exemplo da sua mãe, e sobre os homens, ela une fragmentos.
Precisamos aprender a lidar com os nossos contrapontos femininos e masculinos. Yin e yang. Anima e animus.
A mulher dominada pelo animus, é a mulher que precisa provar a todo custo que está certa, é conduzida por por preconceitos, achismos e expectativas desmedidas. Argumenta demais e sabe de menos. Não olha para o seu interior.
O homem dominado pela anima, é o homem melancólico, tímido, inseguro. Atrai parceiras que irão inferiorizá-lo.
É preciso buscar o equilíbrio. Começando por conhecer-se.
Redação:
Silvia Delforno, psicanalista.
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