Muitos coléricos foram governantes e ditadores. Egocêntricos e intolerantes, não gostam de serem ensinados ou corrigidos. Eles não deixam pra amanhã o que se pode fazer hoje.
Dos quatro temperamentos mais conhecidos, o colérico é, sem dúvida, o mais energético de todos. Afinal ele é regido pelo fogo, quente e seco.
Temperamento forte e rígido, o colérico não aceita muito bem ser ensinado, pois tende a padronizar as suas ideias, “marcando território” por onde passa. É normal o colérico olhar pra uma situação problemática e já encontrar a solução - sagacidade o resume. Pensar demais, esperar para encontrar a chave do problema não é com ele. Como se move pela vontade, o colérico se concentra para fazer dar certo, afinal, desafio é com ele mesmo.
A liderança é nata, biológica – o colérico já nasce um líder. Geralmente ele não passa anos e anos da sua vida numa sala de aula – sua principal escola é a vida. É prático, teimoso e pouco teórico. Não analisa muito, se diz intuitivo. E a opinião do outro pouco lhe importa, principalmente dos mais fracos. Coléricos gostam de coléricos.
Desembaraçado e voluntarioso, o colérico tem dificuldade em conviver com pessoas lentas. Não faz parte do colérico ser amargurado: ele fala tudo que pensa, sem filtro. Bravos e irascíveis, muitas vezes violentos, eles são homens que governam, fazendo história. Passam por cima de quem se opõe a eles: clemência não faz parte do seu vocabulário - é muito difícil o colérico se colocar no lugar do outro. Ele ama as coisas e “usa” as pessoas. Mas veja bem, o colérico não é maldoso. Ele apenas é prático.
O defeito dominante de um colérico é o orgulho e a autossuficiência. É preciso ter humildade, dominar seu temperamento, se educar para a paciência. Também é necessário controlar-se frente ao desejo de vingança – o colérico adora fazer justiça própria. Vale lembrar que o colérico é respeitado por medo, não por consideração. E como humilha e coloca a culpa nas outras pessoas, a tendência é ser pouco querido no seu trabalho.
O colérico honra a sinceridade, porém acaba agindo com falta de educação ao abordar alguém que mentiu. A gentileza, a bondade e a amorosidade faltam ao colérico.
Nos relacionamentos afetivos, é comum um colérico se apaixonar por uma pessoa mais calma e dedicada. É o equilíbrio da vida. Mulheres coléricas são líderes, gerentes, estão à frente de organizações e bancos, mas procuram um homem tranquilo para domá-las. Homens coléricos se atraem pelo carinho da melancólica ou pela alegria da sanguínea. Dois coléricos ficam juntos quando pelo menos um deles reconhece o egocentrismo e “baixa a guarda” ao outro. Os coléricos sabem amar, do jeito deles.
Na cama, o colérico gosta de espetáculo. Nada de noites românticas por baixo das cobertas e cheias de pudores: o colérico é quente e mostra a que veio. Estilo dominador – tanto o homem quanto a mulher colérica costumam ser bons amantes.
Redação:
Silvia Delforno, terapeuta corporal com abordagem tântrica.
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