Publicado em 17/04/2023
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A ansiedade causada pelo Whatsapp
Importante ferramenta de comunicação pode ser um grande gatilho para sua ansiedade.
Senta que lá vem história.
"Ele passou parte da noite on-line e ela também, logo presumo que estejam tendo um caso".
"Meu marido passa horas no banheiro e diz estar com dores, mas eu o vejo on-line. Meu casamento está acabando".
"Ela disfarça quando olho, mas eu sei que ela fica respondendo uma pessoa no Whatsapp".
"Minha filha não responde minha mensagem, mas troca sua foto de perfil toda semana".
"O status do Whatsapp dele sempre é uma indireta pra mim, eu sinto".
Neurose instalada, ansiedade aflorada. Stalkear - ou perseguir - o outro é andar para trás, simplesmente porquê o outro é o outro.
O importante aplicativo que permite rápida comunicação é também um dos maiores gatilhos para a ansiedade, para a agonia, a euforia e a tristeza, tamanha deduções que as pessoas têm avaliando o comportamento do outro.
A internet é o coração da vida, atualmente. Não sei se felizmente ou infelizmente. E o Whatsapp tornou-se ferramenta importantíssima da comunicação, tanto na vida particular quanto profissional - existem os dois perfis com suas especificidades. O que é a revolução da comunicação para quem é do tempo do telefone fixo, tornou-se uma arma de discórdia e atritos. E é sobre esse gatilho tão comum que iremos conversar.
Aparelho celular é privado, e basear relacionamentos numa espionagem de aplicativo é muito delicado. Pois, do que vale relacionar-se e desconfiar o tempo todo das ações da outra pessoa?
Além de vigiar e se gabar por grandes descobertas, o resultado costuma ser um poço infinito de frustração. Ou tem um relacionamento adulto com diálogo, ou não se relaciona, visto que o nível de estresse não vale a pena.
Existe ferramenta para não olhar a última visualização, ferramenta para não mostrar quando está online, ferramenta para selecionar quem pode ver as postagens de status. Tudo isso pode ser usado, antes do bloqueio.
Costumo dizer que pessoas adultas não precisam bloquear outras pessoas adultas, salvo se houver pressão psicológica, ofensas, aborrecimentos e chateação. Caso isso ocorra, o bloqueio é necessário.
Caso você seja a pessoa que foi bloqueada, fique longe de novos chips para stalkear o outro. Isso é sinal que você precisa de ajuda psicológica.
Nomofobia, você sabe o que é? É o transtorno obtido quando se usa o celular exageradamente. A pessoa entra em pânico quando fica longe do aparelho. Sua vida está vinculada a sua presença online.
O apego virou vício, e isso é preocupante. O brasileiro ocupa lugar de destaque na dependência do celular e de suas redes sociais, por isso que profissionais da saúde determinam o uso moderado para pacientes em crise de ansiedade.
Celular virou uma arma para os que não estão com as emoções equilibradas.
Se você é vítima de perseguição, resolva suas questões com a pessoa que te vigia. Coloque os pingos nos "is", seja educado e gentil, mas firme. Em último recurso, bloqueie.
Se você é o perseguidor (que é mais notório entre as mulheres), repense suas ações. Onde não existe paz, não existe relação saudável. Procure por ajuda, não tenha vergonha ou receio. Comece a meditar.
Para todos. Desligue seu celular, vá ler um livro; saia para caminhar. Limpe seu quarto. Brinque com seus filhos.
Cuide da sua saúde mental.
Redação:
Silvia Delforno, psicanalista.
"Ajudando você a viver de forma mais leve, com mais plenitude e realizações".
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Informações: whatsapp - 11 971182440.
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